Mitos e fatos sobre o anticoncepcional
Publicado em 26 de Outubro de 2020 por Centro Médico Pastore
O anticoncepcional é um método contraceptivo bastante popular entre as mulheres. Entretanto, ainda existem diversas dúvidas sobre o uso do medicamento, o que pode gerar algumas informações no senso comum, que não são verdadeiras.
Por isso, o Centro Médico Pastore separou algumas das perguntas mais comuns e veio esclarecer se elas são mito ou verdade!
“Se eu tomar o mesmo medicamento durante anos, meu corpo se costuma e perde efeito?”
Não, muito pelo contrário. Se você está se dando bem com a sua pílula, está fazendo o seu controle médico anual e não tem nenhuma contraindicação, você deve continuar com a marca do seu anticoncepcional habitual. Não troque!
Algumas pessoas precisam trocar o medicamente ou até interromper o seu uso por motivos específicos, não é uma recomendação geral.
“Tomar anticoncepcional por muito tempo me torna infértil?”
O objetivo da pílula é impedir que ocorra a ovulação, mas somente durante o tempo em que se utiliza o anticoncepcional. Por isso, ela não afeta a fertilidade.
Na verdade, a pílula anticoncepcional preserva a fertilidade e diminui os riscos de desenvolver endometriose em alguns casos, cisto no ovário e o aparecimento de mioma e pólipo uterino.
“A pílula causa câncer?”
Essa é uma das principais preocupações atualmente, mas não existe nenhuma evidência de que a pílula cause qualquer tipo de câncer!
O que existe, entretanto, é a evidência de que a pílula protege a mulher contra o câncer do ovário e câncer de endométrio. Ao tomar a pílula, a mulher também diminui os riscos contra o aparecimento de miomas, endometriose, pólipos, cistos no ovário, alguns tipos de infecção e alterações benignas das mamas.
“O consumo de álcool pode fazer a pílula perder o efeito?”
De uma maneira geral, o álcool não anula os efeitos do anticoncepcional.
O que pode acontecer é esquecer de tomar a pílula no mesmo horário como de costume, o que diminui a sua eficácia. Outra situação é a paciente vomitar ou ter uma diarreia exagerada quatro horas após tomar o medicamento. Dessa forma, é possível que os efeitos sejam diminuídos.
Nestes casos, o recomendado é repetir a dose da pílula caso possua menos de 12h do horário habitual. Outra opção é utilizar a camisinha por até 15 dias depois da falha na tomada dos medicamentos, para evitar a gravidez. Lembrando, que a camisinha é o único método contraceptivo que evita as infecções sexualmente transmissíveis.
“Posso utilizar qualquer pílula do mercado?”
Não, toda paciente deve ser examinada pelo ginecologista para avaliar o tipo de pílula que combine com seu ciclo e necessidade. Além disso, o especialista é essencial para esclarecer todas as dúvidas e fazer o acompanhamento.
“Utilizar a pílula do dia seguinte potencializa a prevenção?”
Não, a pílula do dia seguinte só deve ser usada quando acontece uma falha do método contraceptivo habitual.
Se você já toma a pílula regularmente e de forma correta, não é necessário nem recomendado usar a do dia seguinte. Também é válido reforçar que a pílula do dia seguinte não deve ser vista como a primeira opção de prevenção, ela é para casos de emergência.
Ela também não é um abortivo! Ou seja, ela não impede a gravidez se você já tiver ovulado e tiver ocorrido uma fertilização.
Então, se você já usa ou pensa em utilizar a pílula anticoncepcional, lembre-se que o acompanhamento ginecológio é muito importante para te ajudar a decidir a melhor opção para o seu caso e para evitar qualquer tipo de problema.
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Informações cedidas pela médica Rachel Sá – CRM 52101992-9/RJ
